
Na trama somos apresentados a Filipa (Laura Neiva), uma menina de 14 anos que está crescendo, amadurecendo e descobrindo a sexualidade. Com um “q” de quase ‘paixão Freudiana‘ pelo seu pai (Vincent Cassel) ela acaba descobrindo a infidelidade dele com a sua mãe (Débora Bloch). Eles estão passando férias em Búzios para que seu pai possa terminar de escrever um livro.
A câmera não tem nem um pouquinho só de pudorpara percorrer e acompanhar coladinha o corpo da jovem atriz. Para alguns pode até parecer um pouco chato o ritmo meio lento, mas é um belíssimo drama que apesar de ter toda essa mistura de sentimentos, decepções e descobertas se desenrola muito bem até o seu desfecho.
Fico realmente feliz em ver um filme ‘diferente’ daquela coisa meio besta que seguem a maioria dos projetos do cinema nacional. É de obras como esta que precisamos para crescer e mostrar também ao mundo que sim, podemos apresentar atores e estórias de boa qualidade. “À Deriva” é um filme intimista e cativante, um bom drama que recomendo para os amantes do gênero.
Marcio Melo